terça-feira, 4 de novembro de 2008

Qual seu preço?

Ficção futurista? Comédia? Talvez. Idiocracy é um filme que extrapola rotulações, afinal, classificar arte em detrimento de vendas é perda de tempo.

O filme tem o objetivo de criticar não só a sociedade em que vivemos, mas também a sociedade de futuras gerações. Como será o mundo daqui a 500 anos? Os indivíduos irão se preocupar com o meio ambiente? Essas são algumas das reflexões que o filme é capaz de despertar no telespectador.

Com bastante humor e sátira, o diretor Mike Judge nos mostra a partir das câmeras um mundo poluído, regido por pessoas idiotas e insensataz. O futuro previsto em Idiocracy pode estar sendo construído, pois vivemos numa sociedade voltada para o consumo, para as aparências e para os estereótipos.

Os idiotas estão aí, e não são poucos, aliás, são maioria. É só imaginar o quanto as pessoas estão ficando escravas das máquinas, da atividade rotineira, da aparência e dos meios de comunicação de massa para constatar a idiotice.

O filme mostra uma suposta sociedade no ano de 2500, onde o mundo estará totalmente poluído e habitado por pessoas idiotas, incapazes de raciocinar e/ou criticar a sociedade em que estarão vivendo. As pessoas são dirigidas pelo comercialismo, pelas aparências e pelo anti-intelectualismo cultural, e por meio desses artifícios são condicionadas a pensar somente em dinheiro e banalidades. Imagine você, leitor, uma pessoa inteligente, vivendo nessa sociedade? É certo que iria sofrer com os idiotas, isso se eles não o exterminasse antes mesmo de suas idéias serem expostas – uma laranja podre apodrece todas as outras.

A partir dessas reflexões pode-se traçar paralelos com a sociedade prevista no filme e com a nossa sociedade atual, que caminha a passos largos para a estupidez mundial.

2 comentários:

Unknown disse...

Na grecia antiga, berço da democracia, os cidadãos que nao se interessavam pela vida publica, pelo bem comum ou por uma vida permeada de intensas reflexoes humanas eram chamadas de 'idiots'.

Parece que as coisas nao mudam tanto quanto se costuma acreditar. Da antiguidade a modernidade, as sociedades ocidentais estao repletas de incapcidade de raciocionio e enfase da aparencia em detrimento da essencia.
Acho que o filme só vem nos comprovar que nosso futuro, muito provavelmente, caminhará nesse sentido.

Adam disse...

Enquanto as pessoas continuarem 'escravas das máquinas' como foi citado a realidade mostrada no filme estará cada vez mais próxima de ser se tornar a nossa realidade ou a da próxima geração.
O homem tem que usar a máquina como uma ferramenta para o conhecimento visando o 'crescimento intelectual'.

Belo post e legal o adendo da Taty aí.
o/