terça-feira, 28 de outubro de 2008

O sucesso e o fracasso andam de mãos dadas...

Vivemos em um mundo cada vez mais atrelado ao capitalismo, onde alguns indivíduos se sobressaem e outros ficam à margem da sociedade, fadados ao fracasso.

A realidade é que a maioria dos indivíduos que conseguem a tão desejada ascensão econômica se tornam escravos de seus respectivos trabalhos, ou seja, se um indivíduo deseja conforto e estabilidade econômica, este indivíduo se escravizará ‘com todas as forças’ para realizar seu desejo, porém a sistemática não é tão simples assim. Se por um lado há indivíduos que se escravizam ou doam consideráveis partes de seu tempo para o trabalho, por outro lado há também os indivíduos que além de reservar grande parte do tempo aos seus respectivos trabalhos, estes não conseguem ascenderem economicamente.

Quando afirmam que o trabalho dignifica o homem não há razão para contrariar tal afirmação, pois em muitos casos, realmente, o trabalho é capaz disso. Porém, se o trabalho dignifica o homem, em excesso corrói, não apenas a saúde, mas o seu caráter.

O trabalho moderno busca por indivíduos ‘multifuncionais’, que estão aptos a realizarem várias funções dentro de determinada empresa, fábrica, loja etc. É o fim do longo prazo, onde o trabalhador conseguia construir uma história cumulativa baseada no uso disciplinado do tempo com expectativas a longo prazo.

Se antes a expectativa era fazer carreira em determinada empresa ou área, hoje já não é mais assim que funciona, a mobilidade é o que gerencia os trabalhadores e o trabalho moderno. Hoje, o trabalhador tem que se mostrar mais atualizado, mais interessado e mais eficiente para que possa se manter em seu emprego. Se manter atualizado, esse é o lema,  mesmo que essas ‘atualidades’ não tenham nada a ver com sua função em seu local de trabalho, isso é uma característica do trabalho moderno; fazer com que os indivíduos busquem por conhecimentos ou se diferenciem dos outros trabalhadores por adquirirem tais conhecimentos, mesmo que esses saberes não tenham nenhuma relação com o trabalho desempenhado.

O trabalhador moderno passou a estranhar sua própria família. A família vem se tornando cada vez menos afetiva na vida pessoal do indivíduo, deixando os laços econômicos tomar espaço. Se antes uma família era baseada nos laços afetivos, hoje é baseada nos laços econômicos.

A boa vizinhança já deixou de existir a muito tempo, as comunidades se tornaram virtuais. Onde isso tudo irá desembocar? Fica a reflexão.

2 comentários:

Agnaldo disse...

Muito bom o primeiro post pessoal. Gostei das idéias, do argumento. Continuem assim. Afinal, ter um trabalho que te esgota por 14 horas do dia para ter um carro importado e pouco tempo para namorar é sucesso ou fracasso? Bacana também a idéia do prefácio !!

Um grande abraço.
Prof. Agnaldo

Ana Bacana disse...

Concordo com o Agnaldo, realmente o post de vocês destacou-se dos demais. Uma dica simples: fiquem sempre muito ligados aos erros de português e ao queísmo (uso demasiado do que). Do mais, galera, sucesso! Mostraram um bom serviço. Parebéns.